Eleanor
de Aquitânia foi apresentada de diversas maneiras pelos autores ao longo dos
séculos, autores contemporâneos ou não, em crônicas, romances, etc. A primeira
imagem que se tem de Eleanor é a da “lenda negra”, que se desenvolveu mais ou
menos no período contemporâneo e que seria acrescido com o passar do tempo. As
acusações sobre ela, então, datam mais ou menos do período medieval, pode-se
dizer. Se as primeiras acusações são as lendas de adultério e até mesmo de
incesto, alegações de que Eleanor seria uma assassina ou histórias fantásticas
sobre ancestrais demoníacos, mesmo relacionados não diretamente aos duques de
Aquitânia, mas aos Plantagenetas, logo vão ser imputadas. Até o século XIX, a
visão de uma Eleanor adúltera, e mesmo assassina da amante de seu marido,
Rosamund Clifford, são visões frequentes na literatura e história. O que se vê
é que mesmo durante a vida de Eleanor, já os boatos começam a se formar. Assim,
o desenvolvimento de uma “lenda negra” no imaginário e na literatura populares
já tinha seus elementos principais no fim do período medieval. Junto a esses
relatos populares, também a historiografia seguia essa tendência, por vezes
criando novos ou reforçando antigos mitos. Assim, durante o século XIX,
tampouco uma imagem mais “realista” de Eleanor vai surgir. Uma “reabilitação”
só vem no século XX, onde, contrapondo-se a uma “lenda negra” sobre a rainha,
ela surge como personagem central de um “mito dourado”, que é apresentado em
biografias de Eleanor escritas por autoras como Marion Meade, Régine Pernoud e
Amy Kelly, que tratam Eleanor com uma visão “excepcionalista”, ou “à frente de
seu tempo”. Estudos recentes sobre o ofício das rainhas, o queenship, tem contestado e problematizado essa visão de
excepcionalismo sobre Eleanor, na medida em que Eleanor, também, estava
inserida numa esfera de atuação de rainhas, e que seus poderes de atuar como
regente, nas viagens de seu marido, ou de assinar cartas de concessão, não
estavam tão fora dos padrões de poderes de rainhas medievais. Enfim, esse é
apenas um resumo sobre como os autores viram a Eleanor, o que ajuda a entender
certas representações que fazem dela. A história da vida dela é bem fascinante,
(nunca consigo contar resumida!).
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Eleanor
era filha do duque de Aquitânia, Guilherme X e de Aénor de Châtellerault. Como
o seu pai não tinha filhos homens (seu irmão morrera ainda na infância),
Eleanor herdara o ducado de Aquitânia de seu pai após a morte deste, em 1137. O
ducado ocupava grandes territórios no sudoeste da França, tornando Eleanor uma
das herdeiras mais ricas e cobiçadas da Europa. Sendo assim, logo um acordo de
casamento foi fixado com o filho do rei da França, que não demoraria a ser
coroado rei Luís VII após a morte do pai, tornando, assim, Eleanor a rainha de
França. Mesmo que haja
relativamente poucas fontes escritas para a vida de Eleanor, seu papel como
rainha acaba por fazer com que ela seja mencionada por certos cronistas do
período, alguns mesmo lhe atribuindo
características. Eleanor logo mostraria que desejava ser incluída nos
assuntos do Reino, como se pode ver por dois eventos ocorridos nos primeiros
anos de casamento: primeiro, a anulação do casamento do Conde de Vermandois com
a irmã do Conde de Champagne e seu consecutivo casamento com a irmã da rainha,
Petronilla; e a campanha em Toulouse, que era requisitada pelos duques de
Aquitânia há tempos: ambos os eventos trouxeram desavenças para a Coroa de
França, mesmo com o Papado. Ainda, acrescenta-se que logo nos primeiros anos do
casamento, a relação entre rei e rainha foi se desgastando, não só porque Luís
demonstraria certa inabilidade para lidar com assuntos que interessavam
diretamente a Eleanor, como os eventos acima citados, como também se mostraria
bem diferente de Eleanor, em costumes e também no temperamento. Luís era muito
mais ligado e influenciado pela Igreja que sua esposa e num século em que a
Igreja ficava mais poderosa, as rainhas de França cada vez menos tinham essa
influência e, mesmo que Luís fosse, segundo fontes do período, “muito apaixonado
por sua esposa”, a influência clerical fazia-se sentir fortemente na Corte dos
Capetos. Após mais de dez anos de casamento com o rei da França, Eleanor parte
para o Oriente com Luís, na nova Cruzada convocada após a queda de Edessa, que
se revelaria cada vez mais uma empreitada fracassada. Quando partiram para a
Cruzada, então, Eleanor já se encontrava um pouco cansada das relações com seu
marido, também porque não tinham tido nenhum filho, o que levantava outra
questão: seria o casamento “amaldiçoado”, pois envolvia consanguinidade, com a
ausência de herdeiros legítimos, por isso devendo ser considerado inválido? No
século XII, e ainda mais na França, onde vigorava a Lei Sálica, o papel da
rainha como produtora de um herdeiro era muito importante, e até então Eleanor
falhara nesse papel. Eleanor e Luís eram primos em quarto e quinto grau, e a
Igreja determinava que relações até sétimo grau eram proibidas (o curioso é que
os nobres e reis sempre obtinham despensa, mas quando queriam anular, usavam a
mesma desculpa que usavam para o casamento. Maneira interessante de
fazer-desfazer casamentos, não?)
Foi
durante a expedição que a questão da anulação foi claramente levantada, e por
Eleanor. Durante o percurso de Constantinopla a Antioquia, a liderança do rei
de França iria mostrar-se fraca, e os cruzados seriam constantemente atacados
pelos turcos. Mais um motivo para acentuar o desgaste de Eleanor em relação a
seu marido. Quando chegaram a Antioquia, no entanto, é que a relação teria se
agravado, segundo relatos da época. Depois das derrotas e privações que os
cruzados sofreram no percurso de Constantinopla a Antioquia, eles voltavam a
encontrar um Estado Cristão, onde seriam bem recebidos pelo Príncipe de
Antioquia. Este era Raymond de Poitiers, o tio de Eleanor, que havia partido
muito anos antes para a Terra Santa, e se estabelecera lá. Seu Reino se
encontrava ameaçado pelos turcos, e ele, evidentemente, buscava a ajuda dos
cruzados através da influência de sua sobrinha, com quem se entendia muito bem
(bem até demais, segundo alguns cronistas, principalmente os do século
posterior, que depois somaram ao pecado da insubmissão da esposa o de adultério
e incesto). O rei, no entanto, desejava partir para Jerusalém, ao invés de se
aliar a Raymond pela defesa dos territórios cristãos. Cria-se, então, um
impasse entre os esposos, e é então que Eleanor levanta a questão de
consanguinidade, e Luís começa também a se indagar se também não fora um pecado
seu casamento com Eleanor. Ainda acrescenta-se que Eleanor não desejava
continuar seguindo seu marido, declarando que preferia ficar em Antioquia. Isso
constituiria, na visão da época tanto quanto posteriormente, um ato de
insubmissão da rainha, que, ao invés de apoiar seu marido, ficaria ao lado do
tio. Para Ralph Turner, foi a recusa de Eleanor de entrar em um determinado
modelo de esposa, que ficou claro na Corte de Antioquia, que constituiu o
verdadeiro motivo pelo qual os cronistas lhe reprovaram, antes de qualquer ato
de adultério. O verdadeiro “crime” da rainha era ir contra o que era demandado
pela Igreja, se recusando a seguir o marido, se posicionando contra ele, e
ainda levantando a questão da anulação. O importante, coloca ele, não seria
tanto o que aconteceu, mas o que os contemporâneos acreditaram que aconteceu.
No entanto, foi apenas em 1152, cerca de três anos após o retorno
do casal à França (e seu “recasamento” efetuado pelo papa Eugênio III, que
declarou o casamento válido em 1149, tentando manter o casal unido), que Eleanor
voltaria a levantar a questão da anulação – até então ela não tivera filhos que
pudessem herdar o trono da França, apenas duas filhas – outra falta grave, já
que o principal objetivo do casamento era a procriação. Quando voltaram à
França, Eleanor estava grávida novamente, mas, como da primeira vez, deu à luz
uma menina. E, para um rei, o importante era ter herdeiros ao trono. Eleanor
era “estéril”, o que mostrava que a união não era válida. Mas o mais grave foi
que ela quis primeiro a anulação do
casamento. Repudiar era também uma prerrogativa masculina, algo completamente
impensável para uma mulher, que deveria ser uma boa esposa, submissa à vontade
de seu marido. Acrescenta-se também que o casamento não
era importante apenas pela natureza sacramental com o qual os clérigos tentavam
dotá-lo, mas também era um importante formador de laços sociais entre famílias;
uma rainha, mais que uma nobre, pela posição elevada que ocupava na sociedade,
era imbuída da obrigação de fornecer um modelo – não poderia romper os vínculos, os equilíbrios
de paz e poder. Acrescenta-se que cada vez mais a ação pública das mulheres era
condenada, pois uma rainha deveria inspirar ações piedosas, dedicar-se a obras
da Igreja, etc. Mesmo que Luís também tenha querido a anulação de seu casamento
no final, e que esta se realizasse não só pela vontade de Eleanor, ainda assim
foi ela que levantou primeiro a questão, foi ela que, durante anos de
casamento, não pôde gerar um herdeiro. E, meses depois, casava-se com um rival
da Coroa Capetíngia, o Duque da Normandia, Henrique
Plantageneta, coroado Rei da Inglaterra dois anos depois, em 1154.
Levava junto seu ducado, alterando drasticamente o equilíbrio do poder e tendo,
portanto, uma conduta repreensível, tanto como esposa quanto como rainha.
Logo após a anulação de seu casamento com Luís VII, Eleanor não
demoraria a se casar novamente. Apenas dois meses depois do evento, tornava a
se casar, desta vez com o Duque da Normandia, Henrique, que, dois anos depois,
seria coroado rei Henrique II da Inglaterra. Esse casamento gerou novos rumores
sobre Eleanor, uma vez que Henrique e seu pai, o Conde Geofredo, tinham
visitado a Corte da França, inclusive jurando vassalagem a Luís, pouco tempo
após o retorno do casal real das Cruzadas. Rumores sobre Eleanor e Geofredo
seriam registrados em crônicas como as de Walter Map e Gerald de Wales, que lhe
atribuíram o pecado do “incesto em segundo grau”. Não só os rumores sobre Antioquia, que vinham
crescendo, e sobre Geofredo, mas também o fato de que Eleanor e Henrique também
estavam dentro das relações de parentesco proibidas pela Igreja (Eleanor e
Henrique tinham o mesmo parentesco que Eleanor e Luís, aproximadamente) e que
ela “ainda seria casada” com Luís de França (ou era o que certos clérigos
diziam...). O casamento foi visto mais como uma relação apaixonada que como uma
aliança política durante muito tempo, já que a historiografia referente à
Eleanor tendia a ver motivos apenas passionais para ações executadas por uma
mulher.
Assim, logo após anular seu casamento com Luís, Eleanor seria
novamente a rica herdeira cobiçada; que, no entanto, não poderia permanecer
solteira por muito tempo, uma vez que várias damas corriam o risco de sequestro
e casamento forçado – o que aconteceu com Eleanor por duas vezes, com o conde
Theobald de Blois e o irmão de Henrique, Geofredo Plantageneta. Eleanor, no
entanto, se casaria com Henrique, já duque da Normandia após a morte do pai:
Gervásio de Canterbury sugere que Eleanor preparou o encontro; afirma que ela
comunicou ao duque da Normandia, por mensagem secreta, que estava disponível.
Interessante notar que nenhum deles notificou seu casamento a Luís
(considerando-se que ambos, Eleanor como duquesa de Aquitânia e Henrique como
duque da Normandia, deviam vassalagem ao rei de França), talvez por prever
alguma oposição por parte do rei. O casamento, de fato, tornava Henrique um
rival formidável, pois ultrapassava o rei de França em domínio de terras e
também marcaria o início das hostilidades crescentes entre Plantagenetas e
Capetos, já que Eleanor e Henrique, juntos, passariam a dominar quase metade do
que futuramente constituiria o Reino de França.
Eleanor teria um papel importante a desempenhar durante seu tempo
como rainha da Inglaterra, dado que nos anos consequentes ela se envolveria com
a política nos domínios “angevinos”,
por várias vezes exercendo papel de regente nas frequentes viagens de seu
marido, o rei Henrique, por todos os domínios que eles possuíam. Devido à
natureza do recém-formado “Império Angevino”, eram frequentes as viagens empreendidas
por Henrique, atravessando o canal durante todo seu reinado. Antes da conquista
da Inglaterra, entre 1152 e 1154, Eleanor teria agido em seu próprio direito
como Duquesa de Aquitânia, separando-se da autoridade de Luís e com um marido
ausente, que apenas confirmava seus atos, ela teria distribuído cartas de
confirmação, incluindo como testemunhas apenas membros de sua casa. Para Ralph
Turner, tal poder só seria exercido novamente por Eleanor quando viúva. Após a
conquista da Inglaterra, entretanto, Eleanor desempenharia seu papel de rainha
mais que o de Duquesa: restaurar o poder real em um reino que tinha sido
dilacerado pela Guerra Civil durante os anos do reinado de Estevão era
importante, e com as viagens constantes empreendidas pelo rei nos domínios
continentais, Eleanor desempenhava, frequentemente, o papel de regente. Eles
teriam, assim, um casamento harmonioso pelos primeiros anos, com Eleanor
comandando a Corte e agindo em nome de seu marido. Outra sugestão da influência
de Eleanor é que também Henrique, como Luís, tentara uma campanha contra
Toulouse, há muito requerida pelos duques de Aquitânia, e como este falhara. No
entanto, o segundo casamento de Eleanor não foi mais harmonioso que o primeiro.
Anos depois do casamento, já em 1168, ela teria se reaproximado de seus
domínios na Aquitânia, vivendo apartada de Henrique. Embora se tenha pensado
nessa separação em termos de desgaste na relação, segundo Ralph Turner isso
seria antes uma exigência política: Henrique, como Luís, tentara durante anos
exercer o controle sobre os domínios da esposa, mas sem sucesso. Assim,
reinstalar Eleanor no seu ducado e governar através de sua autoridade como
duquesa parecia a opção mais viável.
No entanto, o começo dos anos 70 veria uma turbulência nos domínios
Plantagenetas: primeiro, o longo conflito entre o rei e arcebispo de
Canterbury, ocorrido entre os anos de 1164 e 1170, que culminou no assassinato
deste, pelo qual a Cristandade culpou o rei, e o segundo a revolta generalizada
dos filhos de Eleanor, Henrique, Ricardo e Geofredo, aliados a vários barões do
reino, a própria Eleanor e Luís Capeto, em 1173. O problema principal era que
Henrique designara terras a seus três filhos, mas estes não dispunham do poder
efetivo, que seu pai hesitava em compartilhar. O que chocava os contemporâneos,
no entanto, mais que a revolta dos filhos, era a esposa se revoltar contra o
marido; seu papel ativo nessa rebelião era inimaginável. Eleanor revoltara-se
contra o marido, e pior: levava também seus filhos a sublevar-se contra o pai,
aliando também ao ex-marido, Luís. Que uma esposa se revoltasse contra seu
marido e senhor era impensável,
quanto mais levar os filhos à sua insubordinação. “Uma mulher que não se encontra sobre o controle de seu marido viola as
condições da natureza”, escreve Pierre de Blois em uma carta à rainha no
ano em que a revolta estava em seu auge. A mulher, dizia ele, era naturalmente submissa ao homem – ela se
submetia a ele quando casada; laço que, aliás, não poderia ser rompido – como o
fazia crer o discurso que a Igreja instituíra no século XII. Eleanor, que já se
separara do rei da França, agora se revoltava abertamente contra seu marido,
vivendo separada dele. Voltando ao modelo de rainha ideal, era visto que uma
dama, uma rainha, especialmente, tinha mais dever ainda de ser um modelo de
virtude, dada a sua alta condição social – o discurso dos homens, quando se
dirigia a alguma mulher, era voltado principalmente a elas. Eleanor, no
entanto, revoltara-se por duas vezes, pedindo e obtendo a anulação e agora se
sublevando contra o marido. A revolta, segundo contemporâneos, era a expressão
dos pecados de Henrique, primeiro ter se casado com Eleanor, mesmo sendo
“incestuoso”, e pelo próprio assassinato do arcebispo de Canterbury, disputa
ocorrida anos antes e que terminaria no assassinato do arcebispo dentro da
Catedral de Canterbury, por cavaleiros do Rei da Inglaterra, o arcebispo sendo
reconhecido como mártir, e o rei como culpado por sua morte.
Outra questão que acrescenta à lista de pecados de Eleanor seria o
fato, comentado por Gervásio de Canterbury, de ela ter sido capturada “vestida
em trajes masculinos”. O grande pecado disso seria Eleanor estar “se
apropriando de um poder masculino”. Pelo ato da rebelião, Eleanor passaria mais
de dez anos como prisioneira de seu marido, na Inglaterra. Nesses anos, Eleanor
esteve impotente, apenas por vezes aparecendo nas cortes, mas não desempenhando
nenhum poder como nos anos anteriores. Apenas quando, em 1189, à morte de
Henrique, sucede ao trono da Inglaterra Ricardo, este manda soltar sua mãe, ela
recupera seu poder – que, aliás, teria sido muito maior que em qualquer época.
Nessa idade, muitas mulheres, viúvas, já se retiravam para um convento, levando
o resto da vida em orações e devoção. Eleanor, no entanto, quando seu filho
parte em cruzada, fica desempenhando o papel político de regente do reino,
mesmo que não oficial, e também de diplomata, quando, por exemplo, leva a noiva
de Ricardo, Berengária, até ele, ou quando negocia seu resgate com o Imperador,
de quem Ricardo tinha sido feito prisioneiro ao voltar das Cruzadas. Algumas
cartas do período emitidas por Eleanor mostram o poder político que ela teve,
principalmente em cartas de concessão feitas por ela nos territórios
continentais – a maioria em seus próprios domínios (o que aparece na crônica de
Richard de Devizes). Eleanor ajudou a assegurar o reino para seu filho durantes
a ausência deste, e por isso, finalmente ganhou a estima de alguns cronistas,
que a reabilitaram, Nota-se, de fato, uma diferença entre a Eleanor esposa de
reis e a Eleanor rainha mãe.
Com a morte de Ricardo, Eleanor, ainda incansável, iria se
empenhar na sucessão real, garantindo o reinado de seu filho, João. Se nos anos
finais ela iria se retirar para a abadia de Fontevraud, onde está atualmente
sepultada, Eleanor desempenharia um último ato político, mesmo já tendo
ultrapassado os oitenta anos: cruzaria os Pirineus para buscar sua neta,
Blanche, na corte de Castela. Essa seria casada com o filho de Felipe Augusto,
o rei Luís VIII, pai do cruzado São Luís. Assim, também os reis da França
seriam descendentes de Eleanor.
Letícia Saldanha Simmer
(recém graduada em história na UNIRIO, e
minha monografia foi sobre a Eleanor, rs )
Livros que eu achei muito
bons durante a pesquisa:
·
DUBY,
Georges. Heloísa, Isolda e Outras Damas
do século XII. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
·
KELLY, Amy. Eleanor
of Aquitaine and the Four Kings. New York: Book
of the Month Club, 1996.
·
R. EVANS, Michael. Inventing Eleanor: The Medieval and Post-Medieval
Image of Eleanor of Aquitaine. London: Bloomsbery Academic, 2014.
A história de Eleanor e de outras She Wolves (que pode ser vista aqui https://bit.ly/2y5aCW6) é muito interessante e nos ajuda a entender muitas coisas sobre a História Mundial, apesar de não ser tão divulgado quanto outras histórias mais 'conservadoras', digamos assim.
ResponderExcluirNão conhecia o livro indicado, vou procurá-lo.
Obrigada por compartilhar o conhecimento!