David Shelley (em cima), interpretando o rei Henry VI e Max Irons (embaixo) como rei Edward York na minissérie da BBC The White Queen.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
[Foto do dia] The White Queen
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[Hoje na História] Edward IV captura Henry VI
Há exatos 545 anos, em 11 de Abril de 1471, o rei Henry VI era capturado por Edward IV e deposto do poder pela segunda vez e feito prisioneiro na Torre de Londres até o final do mês seguinte, quando foi executado sob ordens de Edward IV.
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[Especial sobre Reis] Por que Richard I só falava francês?
Pode parecer estranho em uma época na qual associamos os britânicos como falantes nativos apenas da língua inglesa, mas no período medieval era uma coisa extremamente normal o uso do inglês e do francês em territórios ingleses. Falar as duas línguas (principalmente saber o francês) indicava aos outros que aquela pessoa era bem instruída e fazia parte da nobreza da Inglaterra, pois as pessoas mais pobres não tinham acesso à esse tipo de conhecimento, o que tornava o inglês uma língua inferior ao ser utilizada em maioria pelas pessoas comuns. A união de Eleanor de Aquitânia com Henry II apenas fortaleceu o francês como uma segunda língua, tendo em vista que a Aquitânia era um ducado localizado na França. Desta forma, por ter crescido junto da mãe após a separação desta com Henry II no território francês, Richard I foi educado da forma francesa, voltada para a língua e a cultura da França, portanto, isso fez com que "O Coração de Leão" tivesse o francês como sua língua nativa, o que, aparentemente, não o fez menos amado na Inglaterra durante seu reinado, ainda que não tenha convivido muito com seus súditos ingleses.
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[Filmes] Richard The Lionheart: Rebellion
O ano é 1173. Inglaterra e França estão em guerra. O destino das duas grandes potências nunca esteve tão entrelaçado. A esposa do rei Henry, a rainha Eleanor, e seus filhos estão agora do lado da França. O rei Henrique e o rei Louis usam suas táticas de guerra para tentar sobrepor o opositor. Eleanor é capturada e presa pelo próprio marido Henry. Ricardo e seus irmãos terão que liderar a luta contra seu próprio pai, embora eles não confiem no Rei Louis. Estas mudanças e alianças a cada vitória ou derrota acabam por determinar: o aço das armas nem sempre definem o resultado de uma Guerra.
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Aqui (não é torrent)
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[Filmes] Richard: The Lionheart (2014)
- Legenda: Português
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- Qualidade: BluRay 720p
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[Artigo traduzido] 8 coisas que você provavelmente não sabia sobre Richard, o Coração de Leão
Se fosse pedido às pessoas que passassem na rua de qualquer cidade européia para que nomeassem um rei inglês, provavelmente muitos responderiam "Richard, o Coração de Leão".
Richard I é lembrado por ter sido um rei generoso, por ter guerreado com Saladino durante as Cruzadas e ter se rebelado contra seu pai, Henry II. Seu nome se tornou uma lenda inglesa e existem inúmeros retratos deste rei nos livros e filmes através dos anos.
Aqui, escrevendo para o History Extra, Douglas Boyd revela oito coisas que você talvez não saiba sobre o Coração de Leão e o tempo em que ele viveu...
1) Apesar de ter nascido na Inglaterra, Richard não falava inglês
Richard nasceu em Setembro de 1157 no lugar que é conhecido como ‘the King’s Houses’, um palácio construído por seu bisavô, Henry I, fora do portão nortenho da cidade de Oxford porque era perto o bastante para cavalgar dali até sua torre de caça em Woodstock. Atualmente, encontra-se perto de Worcester College, o palácio foi demolido, mas existe lá uma placa comemorativa no lado norte da Beaumont Street que recorda sua existência e a possibilidade que dois reis da Inglaterra tenham nascido lá: Richard I e seu irmão mais novo, John. Entretanto, Richard não passou muito tempo na Inglaterra e ele pode nunca ter aprendido a falar inglês. Durante todo seu reinado, ele passou não mais que seis meses ao norte do canal.
2) Houve uma notável divisão social na Inglaterra
Naquela época, metade da Inglaterra era povoada por cerca de 200 famílias Anglo-Normandas (e o resto pela coroa e Igreja). No século desde a Conquista Normanda, seguidores de William, o Bastardo e seus sucessores casaram-se com mulheres de famílias nobres Anglo-Saxãs para formar uma aristocracia nova e que utilizava o francês como idioma principal. Suas riquezas e até mesmo sua alimentação vinham do trabalho exaustivo de seus servos nativos, alguns dos quais subiram para a nobreza.
Traços das divisão racial e social dessa época ainda existem na Inglaterra moderna. Para os animais vivos, arrebanhados, cuidados, ainda são conhecidos pelos nativos como sheep (ovelha), calf (bezerro), cow (vaca) and swine (porco). Para as carnes cozidas servidas na mesa, que apenas os senhores falantes da língua francesa eram permitidos comer, nós usamos os termos franceses equivalentes: mutton (carneiro), veal (vitela), beef (carne bovina) and pork (carne suína).
O que era ainda mais cruel é que a população inglesa mais pobre era proibida de caçar animais selvagens nas florestas como alimento, nem mesmo recolher lenha para o inverno lá. Alguns nomes modernos conhecidos contam essa história: Cannock Chase (uma floresta) em Staffordshire é assim nomeada porque ‘chase’ (perseguir) vem da palavra francesa chasse, que significa 'caçar'. Era originalmente um território fechado, onde o jogo era reservado para o prazer dos senhores. Um camponês desafiou estas "leis florestais para a proteção da vegetação e carne de veados" e arriscou um longo tempo na prisão - ou até mesmo a morte.
3) Richard foi prometido aos 9 anos de idade
Aos nove anos, Príncipe Richard foi prometido à Princesa Alys, também com nove anos, filha do rei francês Louis VII. Ela era um peão na luta pelo poder entre a Dinastia Plantageneta que governou a Inglaterra – e uma boa parte da França – e a Dinastia Capetiana em Paris. O pai de Richard, Henry II da Inglaterra, era também Conde de Anjou e Duque da Normandia – títulos que futuramente Richard herdaria. A mãe de Richard, Eleanor, era a Duquesa de Aquitânia. Então os dois eram praticamente vassalos do rei Louis VII por possuírem territórios franceses.
Assim, Henry II enganou o fraco rei Louis VII em entregar sua jovem filha, prometendo que ela se casaria com Richard quando tivessem idade. Como a maioria das promessas de Henry, esta nunca se concretizou, resultando na pobre Alys sendo mantida como prisioneira por 25 anos e durante parte deste tempo sendo usada como amante por Henry II.
4) Richard não estava disposto a se casar e produzir um herdeiro
Quando Richard sucedeu seu pai no trono aos 31 anos, em 1189, ele tinha a obrigação de ser pai de um herdeiro para o reino para evitar o tipo de caos que se seguiria quando ele morreu sem filhos e seu irmão John o sucedeu no trono, dez anos após sua coroação.
Mas a falta de interesse de Richard por mulheres e sua falta de vontade de se casar com qualquer uma da longa lista de princesas elegíveis fez com que o papel da rainha em sua coroação fosse feito por sua formidável mãe, Eleanor de Aquitânia, a única mulher nobre pela qual ele já demonstrou qualquer consideração.
5) Richard conheceu o lendário Robin Hood?
Se Richard conheceu o lendário fora da lei Robin Hood na Floresta de Sherwood, não sabemos, ainda que os cinéfilos o chamem de ‘Richard do Último Minuto’ porque ele aparece no final de todos os filmes de Robin Hood como um herói e, supostamente o vitorioso monarca cruzado voltando para punir o traiçoeiro príncipe John e o perverso Sherriff de Nottingham.
A verdade é que, tendo insultado e alienado a maioria de seus aliados cristãos na cruzada contra Saladino, Richard era incapaz de voltar para seu reino exceto se esgueirando disfarçado pelo território do Duque da Aústria, um dos muitos inimigos que ele fez na Terra Santa. Quando capturado, foi entregue ao Imperador Alemão, que exigiu um enorme resgate para sua liberação e a lenda duradoura do "Bom Rei Richard" originou uma campanha de relações públicas feita por Rainha Eleanor para persuadir os cidadãos do império Plantageneta a desembolsar o resgate.
6) Os torneios eram realmente tão cavalheirescos?
Os torneios durante o período em que Richard viveu não eram um ritual ordenado como se tornariam mais tarde, com moças nobres assistindo dois cavaleiros lutarem separados, um tentando derrubar o outro com sua lança O mêlée do século 12, como era chamado, era com dois times de cavaleiros pesadamente armados um contra o outro com qualquer arma que eles gostassem em uma competição sem regras e com possibilidade de ferimentos letais.
A pintura dos emblemas nos escudos foi originalmente criada para para que os cavalheiros de um mêlée reconhecessem seus próprios colegas de time. O nome Plantageneta veio do hábito do avô de Richard, Conde Geoffrey de Anjou, de usar um raminho de uma flor amarela – genêt em francês – em seu capacete como um visível símbolo para ser reconhecido. Frequentemente acontecia o choque da colisão frontal entre dois cavaleiros, quebrando as hastes de madeira de suas lanças, as lascas penetrando nas fendas dos olhos de seus capacetes, o que cegava-os.
Na batalha e na mêlée, um cavaleiro sem cavalo arriscava ser pisoteado até a morte pelos cavalos, o que aconteceu com o irmão de Richard, príncipe Geoffrey. Cavaleiros feito reféns em uma mêlée eram libertos após pagarem um resgate aos seus captores, que era calculado de acordo com sua posição e fortuna. Então, Richard não via nada de errado com seus súditos desembolsarem com impostos exorbitantes para pagar o resgate de alguém tão importante quanto seu rei. De fato, isso quase faliu seu reino pela segunda vez em seu curto reinado que acabou em 1199.
7) Richard passou a maior parte de sua vida na guerra
Para entender o pensamento de Richard, nós temos que levar em conta que, como muitos cavaleiros nobres, ele passou sua vida toda na guerra. A ideia de cavalheirismo e proteger o pobre não existia no século 12, quando os cavaleiros queriam mostrar seu poder incessante não em batalhas contra um inimigo, mas estrategicamente pelo abate de camponeses indefesos, mulheres e crianças, queimando suas casas humildes, devastando seus campos, cortando seus pomares para trazer a fome para os sobreviventes, assim, privando seus inimigos da base de apoio que finciava sua forma improdutiva de vida. Era, utilizando uma expressão moderna, uma guerra geral – uma ideia que a Igreja lutou contra, mas não conseguia parar.
8) Richard transformou seu cozinheiro em cavaleiro
Em uma explicação mais clara: naqueles tempos de pouca higiene, o cozinheiro era um membro importante de uma família nobre porque seus erros poderiam matar seu empregador. Depois de um festim particularmente memorável, que deixou Richard de incrível bom humor, ele impulsivamente transformou seu cozinheiro em cavaleiro, fazendo-o ‘senhor do feudo das cozinhas dos condes de Poitou’. Levanta-te, Sir Cozinheiro!
*Artigo traduzido por Dinastias Inglesas. O conteúdo original pertence ao site History Extra e pode ser conferido aqui.
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[Foto do dia] O Coração de Leão
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[Hoje na História] Morte de Richard I, o Coração de Leão
Há controvérsias sobre a data de morte de Ricardo, entretanto, postarei hoje, dia 11/04 o aniversário de morte dele, tendo em vista que o site que sempre busco as datas históricas diariamente apontou o dia de hoje como este evento. Em alguns sites é dito que foi em 06 de Abril de 1199 que morria o grande líder militar, que foi carinhosamente apelidado de "O Coração de Leão".
Richard I era o terceiro filho de Eleanor de Aquitânia e do rei Henry II da Inglaterra, sendo coroado rei após a morte do pai.
Richard I era o terceiro filho de Eleanor de Aquitânia e do rei Henry II da Inglaterra, sendo coroado rei após a morte do pai.
Apesar de não ter realizado grandes feitos para a Inglaterra em questões econômicas, Richard I é lembrado e adorado até os dias atuais na França e na Inglaterra como um grande ícone e herói piedoso. Um fato curioso é que ele foi amado e lembrado mesmo tendo passado a maior parte de seu reinado fora da Inglaterra, tendo em vista que tinha como objetivo conquistar Jerusalém, portanto, foi o principal comandante cristão durante a Terceira Cruzada, utilizando o tesouro inglês para financiar seus exércitos durante este período.
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domingo, 10 de abril de 2016
[Livros] O Livro de Henrique - vol 2. - Série Wolf Hall - Hilary Mantel
Em 1535, Thomas Cromwell, o filho do ferreiro, muito se distanciou de suas origens humildes. Principal ministro de Henrique VIII, sua sorte se elevou junto à de Ana Bolena, segunda esposa do rei, por quem o monarca rompeu com Roma e criou a própria Igreja. Contudo, as ações do soberano conduziram a Inglaterra a um perigoso isolamento, e Ana Bolena não conseguiu cumprir aquilo que prometera: gerar um filho e assegurar a linhagem Tudor. Ao acompanhar Henrique em sua visita a Wolf Hall, Cromwell percebe a repentina paixão do rei pela discreta e silenciosa Jane Seymour. O ministro está certo de que não apenas o contentamento do rei está em jogo, mas também a segurança da nação. Enquanto abre caminho por meio das políticas sexuais da corte e de rumores maliciosos, Cromwell precisa negociar uma “verdade” que satisfaça Henrique e que proteja a própria carreira. Mas nem o ministro nem o rei emergirão intactos do sanguinário teatro dos últimos dias da rainha.
Este novo romance é um quadro vivo, uma visão audaciosa da Inglaterra da era Tudor, lançando sua luz no mundo moderno. É o trabalho de uma das maiores escritoras da atualidade, no ápice de seu talento.
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[Livros] Wolf Hall - Hilary Mantel
Um dos períodos mais fascinantes da história da Inglaterra, a dinastia dos Tudor — e em especial o reinado do tirano Henrique VIII — é também um dos mais retratados pela literatura e o cinema. Autora de A sombra da guilhotina, considerada a mais perfeita obra de ficção sobre a Revolução Francesa, a escritora britânica Hilary Mantel prova, no entanto, que o tema está longe de ter se esgotado, em seu aclamado romance histórico WOLF HALL. Grande vencedor do Man Booker Prize, o mais prestigiado prêmio literário britânico, em 2009, o livro foi unanimidade de crítica nos Estados Unidos e na Inglaterra ao mostrar um novo ângulo da corte de Henrique VIII pelos olhos de uma dos mais controversos e misteriosos personagens daquela época: o conselheiro real Thomas Cromwell.
A Inglaterra da década de 1520 está a um passo do desastre. Se o rei morrer sem um herdeiro, o país poderá ser consumido em guerra civil. Henrique VIII deseja anular seu casamento de vinte anos e desposar Ana Bolena. O papa e a maior parte da Europa se opõem a ele. A saga em busca da liberdade do rei destrói seu conselheiro, o brilhante Cardeal Wolsey, e deixa um vácuo de poder e um beco sem saída.
É neste impasse que entra Thomas Cromwell. Filho de um brutal ferreiro, um gênio político, subornador, rufião e sedutor, Cromwell rompeu todas as regras de uma sociedade rígida em sua ascensão ao poder, e se prepara para quebrar outras mais. Elevando-se do desastre pessoal — a perda de sua jovem família e de Wolsey, seu venerado empregador —, ele abre caminho habilidosamente através de uma corte em que “o homem é o lobo do homem”. Confrontando o parlamento, as instituições políticas e o papado, ele está pronto para remodelar a Inglaterra segundo seus próprios desejos, e os de Henrique VIII.
Em seu estilo inimitável, Hilary Mantel apresenta a imagem de uma sociedade em formação e no vértice da mudança, na qual indivíduos confrontam ou aceitam seus destinos com paixão e coragem. Com uma vasta gama de personagens, transbordando de acontecimentos, Wolf Hall recria uma era em que a esfera pessoal e a política se separam por um fio, onde o sucesso acarreta poder ilimitado, mas um único erro pode significar a morte.
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[Foto do dia] The Tudors
Gabrielle Anwar, na série The Tudors, da Showtime interpretando Margareth Tudor, irmã de Henry VIII.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
[Especial sobre Rainhas] Eleanor de Aquitânia
Eleanor
de Aquitânia foi apresentada de diversas maneiras pelos autores ao longo dos
séculos, autores contemporâneos ou não, em crônicas, romances, etc. A primeira
imagem que se tem de Eleanor é a da “lenda negra”, que se desenvolveu mais ou
menos no período contemporâneo e que seria acrescido com o passar do tempo. As
acusações sobre ela, então, datam mais ou menos do período medieval, pode-se
dizer. Se as primeiras acusações são as lendas de adultério e até mesmo de
incesto, alegações de que Eleanor seria uma assassina ou histórias fantásticas
sobre ancestrais demoníacos, mesmo relacionados não diretamente aos duques de
Aquitânia, mas aos Plantagenetas, logo vão ser imputadas. Até o século XIX, a
visão de uma Eleanor adúltera, e mesmo assassina da amante de seu marido,
Rosamund Clifford, são visões frequentes na literatura e história. O que se vê
é que mesmo durante a vida de Eleanor, já os boatos começam a se formar. Assim,
o desenvolvimento de uma “lenda negra” no imaginário e na literatura populares
já tinha seus elementos principais no fim do período medieval. Junto a esses
relatos populares, também a historiografia seguia essa tendência, por vezes
criando novos ou reforçando antigos mitos. Assim, durante o século XIX,
tampouco uma imagem mais “realista” de Eleanor vai surgir. Uma “reabilitação”
só vem no século XX, onde, contrapondo-se a uma “lenda negra” sobre a rainha,
ela surge como personagem central de um “mito dourado”, que é apresentado em
biografias de Eleanor escritas por autoras como Marion Meade, Régine Pernoud e
Amy Kelly, que tratam Eleanor com uma visão “excepcionalista”, ou “à frente de
seu tempo”. Estudos recentes sobre o ofício das rainhas, o queenship, tem contestado e problematizado essa visão de
excepcionalismo sobre Eleanor, na medida em que Eleanor, também, estava
inserida numa esfera de atuação de rainhas, e que seus poderes de atuar como
regente, nas viagens de seu marido, ou de assinar cartas de concessão, não
estavam tão fora dos padrões de poderes de rainhas medievais. Enfim, esse é
apenas um resumo sobre como os autores viram a Eleanor, o que ajuda a entender
certas representações que fazem dela. A história da vida dela é bem fascinante,
(nunca consigo contar resumida!).
******
Eleanor
era filha do duque de Aquitânia, Guilherme X e de Aénor de Châtellerault. Como
o seu pai não tinha filhos homens (seu irmão morrera ainda na infância),
Eleanor herdara o ducado de Aquitânia de seu pai após a morte deste, em 1137. O
ducado ocupava grandes territórios no sudoeste da França, tornando Eleanor uma
das herdeiras mais ricas e cobiçadas da Europa. Sendo assim, logo um acordo de
casamento foi fixado com o filho do rei da França, que não demoraria a ser
coroado rei Luís VII após a morte do pai, tornando, assim, Eleanor a rainha de
França. Mesmo que haja
relativamente poucas fontes escritas para a vida de Eleanor, seu papel como
rainha acaba por fazer com que ela seja mencionada por certos cronistas do
período, alguns mesmo lhe atribuindo
características. Eleanor logo mostraria que desejava ser incluída nos
assuntos do Reino, como se pode ver por dois eventos ocorridos nos primeiros
anos de casamento: primeiro, a anulação do casamento do Conde de Vermandois com
a irmã do Conde de Champagne e seu consecutivo casamento com a irmã da rainha,
Petronilla; e a campanha em Toulouse, que era requisitada pelos duques de
Aquitânia há tempos: ambos os eventos trouxeram desavenças para a Coroa de
França, mesmo com o Papado. Ainda, acrescenta-se que logo nos primeiros anos do
casamento, a relação entre rei e rainha foi se desgastando, não só porque Luís
demonstraria certa inabilidade para lidar com assuntos que interessavam
diretamente a Eleanor, como os eventos acima citados, como também se mostraria
bem diferente de Eleanor, em costumes e também no temperamento. Luís era muito
mais ligado e influenciado pela Igreja que sua esposa e num século em que a
Igreja ficava mais poderosa, as rainhas de França cada vez menos tinham essa
influência e, mesmo que Luís fosse, segundo fontes do período, “muito apaixonado
por sua esposa”, a influência clerical fazia-se sentir fortemente na Corte dos
Capetos. Após mais de dez anos de casamento com o rei da França, Eleanor parte
para o Oriente com Luís, na nova Cruzada convocada após a queda de Edessa, que
se revelaria cada vez mais uma empreitada fracassada. Quando partiram para a
Cruzada, então, Eleanor já se encontrava um pouco cansada das relações com seu
marido, também porque não tinham tido nenhum filho, o que levantava outra
questão: seria o casamento “amaldiçoado”, pois envolvia consanguinidade, com a
ausência de herdeiros legítimos, por isso devendo ser considerado inválido? No
século XII, e ainda mais na França, onde vigorava a Lei Sálica, o papel da
rainha como produtora de um herdeiro era muito importante, e até então Eleanor
falhara nesse papel. Eleanor e Luís eram primos em quarto e quinto grau, e a
Igreja determinava que relações até sétimo grau eram proibidas (o curioso é que
os nobres e reis sempre obtinham despensa, mas quando queriam anular, usavam a
mesma desculpa que usavam para o casamento. Maneira interessante de
fazer-desfazer casamentos, não?)
Foi
durante a expedição que a questão da anulação foi claramente levantada, e por
Eleanor. Durante o percurso de Constantinopla a Antioquia, a liderança do rei
de França iria mostrar-se fraca, e os cruzados seriam constantemente atacados
pelos turcos. Mais um motivo para acentuar o desgaste de Eleanor em relação a
seu marido. Quando chegaram a Antioquia, no entanto, é que a relação teria se
agravado, segundo relatos da época. Depois das derrotas e privações que os
cruzados sofreram no percurso de Constantinopla a Antioquia, eles voltavam a
encontrar um Estado Cristão, onde seriam bem recebidos pelo Príncipe de
Antioquia. Este era Raymond de Poitiers, o tio de Eleanor, que havia partido
muito anos antes para a Terra Santa, e se estabelecera lá. Seu Reino se
encontrava ameaçado pelos turcos, e ele, evidentemente, buscava a ajuda dos
cruzados através da influência de sua sobrinha, com quem se entendia muito bem
(bem até demais, segundo alguns cronistas, principalmente os do século
posterior, que depois somaram ao pecado da insubmissão da esposa o de adultério
e incesto). O rei, no entanto, desejava partir para Jerusalém, ao invés de se
aliar a Raymond pela defesa dos territórios cristãos. Cria-se, então, um
impasse entre os esposos, e é então que Eleanor levanta a questão de
consanguinidade, e Luís começa também a se indagar se também não fora um pecado
seu casamento com Eleanor. Ainda acrescenta-se que Eleanor não desejava
continuar seguindo seu marido, declarando que preferia ficar em Antioquia. Isso
constituiria, na visão da época tanto quanto posteriormente, um ato de
insubmissão da rainha, que, ao invés de apoiar seu marido, ficaria ao lado do
tio. Para Ralph Turner, foi a recusa de Eleanor de entrar em um determinado
modelo de esposa, que ficou claro na Corte de Antioquia, que constituiu o
verdadeiro motivo pelo qual os cronistas lhe reprovaram, antes de qualquer ato
de adultério. O verdadeiro “crime” da rainha era ir contra o que era demandado
pela Igreja, se recusando a seguir o marido, se posicionando contra ele, e
ainda levantando a questão da anulação. O importante, coloca ele, não seria
tanto o que aconteceu, mas o que os contemporâneos acreditaram que aconteceu.
No entanto, foi apenas em 1152, cerca de três anos após o retorno
do casal à França (e seu “recasamento” efetuado pelo papa Eugênio III, que
declarou o casamento válido em 1149, tentando manter o casal unido), que Eleanor
voltaria a levantar a questão da anulação – até então ela não tivera filhos que
pudessem herdar o trono da França, apenas duas filhas – outra falta grave, já
que o principal objetivo do casamento era a procriação. Quando voltaram à
França, Eleanor estava grávida novamente, mas, como da primeira vez, deu à luz
uma menina. E, para um rei, o importante era ter herdeiros ao trono. Eleanor
era “estéril”, o que mostrava que a união não era válida. Mas o mais grave foi
que ela quis primeiro a anulação do
casamento. Repudiar era também uma prerrogativa masculina, algo completamente
impensável para uma mulher, que deveria ser uma boa esposa, submissa à vontade
de seu marido. Acrescenta-se também que o casamento não
era importante apenas pela natureza sacramental com o qual os clérigos tentavam
dotá-lo, mas também era um importante formador de laços sociais entre famílias;
uma rainha, mais que uma nobre, pela posição elevada que ocupava na sociedade,
era imbuída da obrigação de fornecer um modelo – não poderia romper os vínculos, os equilíbrios
de paz e poder. Acrescenta-se que cada vez mais a ação pública das mulheres era
condenada, pois uma rainha deveria inspirar ações piedosas, dedicar-se a obras
da Igreja, etc. Mesmo que Luís também tenha querido a anulação de seu casamento
no final, e que esta se realizasse não só pela vontade de Eleanor, ainda assim
foi ela que levantou primeiro a questão, foi ela que, durante anos de
casamento, não pôde gerar um herdeiro. E, meses depois, casava-se com um rival
da Coroa Capetíngia, o Duque da Normandia, Henrique
Plantageneta, coroado Rei da Inglaterra dois anos depois, em 1154.
Levava junto seu ducado, alterando drasticamente o equilíbrio do poder e tendo,
portanto, uma conduta repreensível, tanto como esposa quanto como rainha.
Logo após a anulação de seu casamento com Luís VII, Eleanor não
demoraria a se casar novamente. Apenas dois meses depois do evento, tornava a
se casar, desta vez com o Duque da Normandia, Henrique, que, dois anos depois,
seria coroado rei Henrique II da Inglaterra. Esse casamento gerou novos rumores
sobre Eleanor, uma vez que Henrique e seu pai, o Conde Geofredo, tinham
visitado a Corte da França, inclusive jurando vassalagem a Luís, pouco tempo
após o retorno do casal real das Cruzadas. Rumores sobre Eleanor e Geofredo
seriam registrados em crônicas como as de Walter Map e Gerald de Wales, que lhe
atribuíram o pecado do “incesto em segundo grau”. Não só os rumores sobre Antioquia, que vinham
crescendo, e sobre Geofredo, mas também o fato de que Eleanor e Henrique também
estavam dentro das relações de parentesco proibidas pela Igreja (Eleanor e
Henrique tinham o mesmo parentesco que Eleanor e Luís, aproximadamente) e que
ela “ainda seria casada” com Luís de França (ou era o que certos clérigos
diziam...). O casamento foi visto mais como uma relação apaixonada que como uma
aliança política durante muito tempo, já que a historiografia referente à
Eleanor tendia a ver motivos apenas passionais para ações executadas por uma
mulher.
Assim, logo após anular seu casamento com Luís, Eleanor seria
novamente a rica herdeira cobiçada; que, no entanto, não poderia permanecer
solteira por muito tempo, uma vez que várias damas corriam o risco de sequestro
e casamento forçado – o que aconteceu com Eleanor por duas vezes, com o conde
Theobald de Blois e o irmão de Henrique, Geofredo Plantageneta. Eleanor, no
entanto, se casaria com Henrique, já duque da Normandia após a morte do pai:
Gervásio de Canterbury sugere que Eleanor preparou o encontro; afirma que ela
comunicou ao duque da Normandia, por mensagem secreta, que estava disponível.
Interessante notar que nenhum deles notificou seu casamento a Luís
(considerando-se que ambos, Eleanor como duquesa de Aquitânia e Henrique como
duque da Normandia, deviam vassalagem ao rei de França), talvez por prever
alguma oposição por parte do rei. O casamento, de fato, tornava Henrique um
rival formidável, pois ultrapassava o rei de França em domínio de terras e
também marcaria o início das hostilidades crescentes entre Plantagenetas e
Capetos, já que Eleanor e Henrique, juntos, passariam a dominar quase metade do
que futuramente constituiria o Reino de França.
Eleanor teria um papel importante a desempenhar durante seu tempo
como rainha da Inglaterra, dado que nos anos consequentes ela se envolveria com
a política nos domínios “angevinos”,
por várias vezes exercendo papel de regente nas frequentes viagens de seu
marido, o rei Henrique, por todos os domínios que eles possuíam. Devido à
natureza do recém-formado “Império Angevino”, eram frequentes as viagens empreendidas
por Henrique, atravessando o canal durante todo seu reinado. Antes da conquista
da Inglaterra, entre 1152 e 1154, Eleanor teria agido em seu próprio direito
como Duquesa de Aquitânia, separando-se da autoridade de Luís e com um marido
ausente, que apenas confirmava seus atos, ela teria distribuído cartas de
confirmação, incluindo como testemunhas apenas membros de sua casa. Para Ralph
Turner, tal poder só seria exercido novamente por Eleanor quando viúva. Após a
conquista da Inglaterra, entretanto, Eleanor desempenharia seu papel de rainha
mais que o de Duquesa: restaurar o poder real em um reino que tinha sido
dilacerado pela Guerra Civil durante os anos do reinado de Estevão era
importante, e com as viagens constantes empreendidas pelo rei nos domínios
continentais, Eleanor desempenhava, frequentemente, o papel de regente. Eles
teriam, assim, um casamento harmonioso pelos primeiros anos, com Eleanor
comandando a Corte e agindo em nome de seu marido. Outra sugestão da influência
de Eleanor é que também Henrique, como Luís, tentara uma campanha contra
Toulouse, há muito requerida pelos duques de Aquitânia, e como este falhara. No
entanto, o segundo casamento de Eleanor não foi mais harmonioso que o primeiro.
Anos depois do casamento, já em 1168, ela teria se reaproximado de seus
domínios na Aquitânia, vivendo apartada de Henrique. Embora se tenha pensado
nessa separação em termos de desgaste na relação, segundo Ralph Turner isso
seria antes uma exigência política: Henrique, como Luís, tentara durante anos
exercer o controle sobre os domínios da esposa, mas sem sucesso. Assim,
reinstalar Eleanor no seu ducado e governar através de sua autoridade como
duquesa parecia a opção mais viável.
No entanto, o começo dos anos 70 veria uma turbulência nos domínios
Plantagenetas: primeiro, o longo conflito entre o rei e arcebispo de
Canterbury, ocorrido entre os anos de 1164 e 1170, que culminou no assassinato
deste, pelo qual a Cristandade culpou o rei, e o segundo a revolta generalizada
dos filhos de Eleanor, Henrique, Ricardo e Geofredo, aliados a vários barões do
reino, a própria Eleanor e Luís Capeto, em 1173. O problema principal era que
Henrique designara terras a seus três filhos, mas estes não dispunham do poder
efetivo, que seu pai hesitava em compartilhar. O que chocava os contemporâneos,
no entanto, mais que a revolta dos filhos, era a esposa se revoltar contra o
marido; seu papel ativo nessa rebelião era inimaginável. Eleanor revoltara-se
contra o marido, e pior: levava também seus filhos a sublevar-se contra o pai,
aliando também ao ex-marido, Luís. Que uma esposa se revoltasse contra seu
marido e senhor era impensável,
quanto mais levar os filhos à sua insubordinação. “Uma mulher que não se encontra sobre o controle de seu marido viola as
condições da natureza”, escreve Pierre de Blois em uma carta à rainha no
ano em que a revolta estava em seu auge. A mulher, dizia ele, era naturalmente submissa ao homem – ela se
submetia a ele quando casada; laço que, aliás, não poderia ser rompido – como o
fazia crer o discurso que a Igreja instituíra no século XII. Eleanor, que já se
separara do rei da França, agora se revoltava abertamente contra seu marido,
vivendo separada dele. Voltando ao modelo de rainha ideal, era visto que uma
dama, uma rainha, especialmente, tinha mais dever ainda de ser um modelo de
virtude, dada a sua alta condição social – o discurso dos homens, quando se
dirigia a alguma mulher, era voltado principalmente a elas. Eleanor, no
entanto, revoltara-se por duas vezes, pedindo e obtendo a anulação e agora se
sublevando contra o marido. A revolta, segundo contemporâneos, era a expressão
dos pecados de Henrique, primeiro ter se casado com Eleanor, mesmo sendo
“incestuoso”, e pelo próprio assassinato do arcebispo de Canterbury, disputa
ocorrida anos antes e que terminaria no assassinato do arcebispo dentro da
Catedral de Canterbury, por cavaleiros do Rei da Inglaterra, o arcebispo sendo
reconhecido como mártir, e o rei como culpado por sua morte.
Outra questão que acrescenta à lista de pecados de Eleanor seria o
fato, comentado por Gervásio de Canterbury, de ela ter sido capturada “vestida
em trajes masculinos”. O grande pecado disso seria Eleanor estar “se
apropriando de um poder masculino”. Pelo ato da rebelião, Eleanor passaria mais
de dez anos como prisioneira de seu marido, na Inglaterra. Nesses anos, Eleanor
esteve impotente, apenas por vezes aparecendo nas cortes, mas não desempenhando
nenhum poder como nos anos anteriores. Apenas quando, em 1189, à morte de
Henrique, sucede ao trono da Inglaterra Ricardo, este manda soltar sua mãe, ela
recupera seu poder – que, aliás, teria sido muito maior que em qualquer época.
Nessa idade, muitas mulheres, viúvas, já se retiravam para um convento, levando
o resto da vida em orações e devoção. Eleanor, no entanto, quando seu filho
parte em cruzada, fica desempenhando o papel político de regente do reino,
mesmo que não oficial, e também de diplomata, quando, por exemplo, leva a noiva
de Ricardo, Berengária, até ele, ou quando negocia seu resgate com o Imperador,
de quem Ricardo tinha sido feito prisioneiro ao voltar das Cruzadas. Algumas
cartas do período emitidas por Eleanor mostram o poder político que ela teve,
principalmente em cartas de concessão feitas por ela nos territórios
continentais – a maioria em seus próprios domínios (o que aparece na crônica de
Richard de Devizes). Eleanor ajudou a assegurar o reino para seu filho durantes
a ausência deste, e por isso, finalmente ganhou a estima de alguns cronistas,
que a reabilitaram, Nota-se, de fato, uma diferença entre a Eleanor esposa de
reis e a Eleanor rainha mãe.
Com a morte de Ricardo, Eleanor, ainda incansável, iria se
empenhar na sucessão real, garantindo o reinado de seu filho, João. Se nos anos
finais ela iria se retirar para a abadia de Fontevraud, onde está atualmente
sepultada, Eleanor desempenharia um último ato político, mesmo já tendo
ultrapassado os oitenta anos: cruzaria os Pirineus para buscar sua neta,
Blanche, na corte de Castela. Essa seria casada com o filho de Felipe Augusto,
o rei Luís VIII, pai do cruzado São Luís. Assim, também os reis da França
seriam descendentes de Eleanor.
Letícia Saldanha Simmer
(recém graduada em história na UNIRIO, e
minha monografia foi sobre a Eleanor, rs )
Livros que eu achei muito
bons durante a pesquisa:
·
DUBY,
Georges. Heloísa, Isolda e Outras Damas
do século XII. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
·
KELLY, Amy. Eleanor
of Aquitaine and the Four Kings. New York: Book
of the Month Club, 1996.
·
R. EVANS, Michael. Inventing Eleanor: The Medieval and Post-Medieval
Image of Eleanor of Aquitaine. London: Bloomsbery Academic, 2014.
·
TURNER, Ralph V., Eleanor of Aquitaine: Queen of France, Queen of England. New Haven: Yale University Press, 2011.
·
MEADE, Marion. Eleanor de Aquitânia. (Que não é
beeem acadêmico, mas eu me diverti bastante com ele. Tem traduzido, na Estante
Virtual ;))
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[Hoje na História] Morte de Eleanor de Aquitânia
Em 1° de Abril de 1204 falecia uma das mulheres mais importantes e ricas da Idade Média: Eleanor de Aquitânia. Com uma longa e polêmica história (que vocês irão ler mais tarde detalhadamente em um post especial sobre essa mulher maravilhosa, escrita por nossa colaboradora), Eleanor se tornou uma das mulheres mais influentes do mundo quando seu pai faleceu e, na falta de herdeiros masculinos, ela herdou o ducado de Aquitânia.
Uma mulher destemida, que foi rainha por duas vezes durante sua vida, sendo a primeira quando contraiu casamento com Louis VII, Rei da França e que após vários problemas conjugais foi convencido pela mesma a conseguir uma anulação para o casamento sob a desculpa de "consanguinidade" e a segunda, quando pouco tempo após seu divórcio, casou-se com Henry II, Rei da Inglaterra.
Eleanor foi mãe de dez filhos, dentre eles, duas filhas com Louis VII e oito com Henry II. Destacam-se entre seus filhos Richard (Coração de Leão) e John (Sem-Terra), ambos foram reis da Inglaterra.
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