sexta-feira, 9 de setembro de 2016

[Hoje na História] Coroação de Mary da Escócia


No dia 09 de setembro de 1543, Mary Stuart era coroada Rainha da Escócia. Tinha apenas seis dias de vida quando seu pai, James V, o Rei da Escócia, faleceu, deixando apenas Mary como única herdeira legítima. Foi enviada para a França ainda criança, sob o contrato de noivado com o Delfim da França, Francis e lá viveu por toda a sua infância, deixando o país a ser governado pelos regentes, até seu breve casamento, pois não tardou a ficar viúva e retornar para a Escócia, para iniciar sua saga de casamentos problemáticos e a pretensão ao trono inglês que à tornou uma mártir nas mãos de sua prima, Elizabeth I. 

[Artigo Traduzido] Quanto Elizabeth I gastava em seus vestidos?



É quase impossível traduzir a quantidade de dinheiro investida nas roupas Elizabetanas em dinheiro moderno, pois representaria muito mais do que alguém iria gastar nos dias de hoje. 

A fabricação era muito cara e, na maioria dos casos, parada na metade - existiam regras claras ditando quais as formas de fabricação, e até mesmo cores que poderiam ser vestidas por ela. 

Ainda que ela tivesse muitas roupas, Elizabeth não gastava com muita frequência. Pelo contrário, seus súditos que a presenteavam com luvas, mangas, rufos (adornos de tecido para o pescoço que a Rainha usava), jóias e tecidos caros. Da mesma forma que era comum para Elizabeth receber tais luxuosos presentes, também era comum dar roupas - pagando suas damas de companhia com seu guarda-roupa ao invés de com sua carteira. 

O Ano Novo era uma época especial de doação para os membros da corte de Elizabeth, que disputavam por atenção com presentes bem chamativos. Em um ano, ela aumentou a aposta após receber meias de seda. Ela declarou que gostara tanto delas, que nunca usaria as de algodão novamente. 
A sugestão foi feita. 

Um inventário do ano de 1600 contou cerca de 2,000 vestidos no guarda-roupa Real de Elizabeth, contendo sedas importadas, peles e bordados, decorados com pedras preciosas, ouro e fios de prata. 

*O artigo original pode ser lido no site History Extra

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

[Hoje na História] Nascimento de Elizabeth I



Em 7 de Setembro de 1533, a lendária Ana Bolena dava à luz ao primeiro fruto de seu casamento com Henrique VIII, e, para a decepção de todos que esperavam um príncipe, era uma menina, que foi chamada de Elizabeth Tudor.  Mas, o que ninguém imaginava, era que essa princesa, que era vista como ilegítima por muitos devido às polêmicas do casamento entre Ana Bolena e o rei, se tornaria uma das mais famosas e adoradas monarcas que a Inglaterra teria. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

20 Curiosidades sobre o Período Tudor


*O texto pertence à Camila Maréga e foi retirado de um grupo sobre a Dinastia Tudor.

1- A Inglaterra no reinado de Elizabeth I, estava longe de ser uma potência européia. Ela só virou potência após o final do século XVII. 

2- Maria I em sua juventude, fora considerada muito bela. Após os anos e com vários males de saúde, naturalmente fora ficando menos bonita, assim como Elizabeth I, que no fim de sua vida, contava com descrições suas nada elogiosas, feitas por embaixadores estrangeiros e cortesãos.

3- O período Tudor não é só sobre Ana Bolena e Elizabeth I. Sinto dizer...

4- Ana Bolena não é a única esposa de Henrique VIII e nem a mais importante (pois esse tipo de classificação, sequer deveria ser feita). Sinto muito²...

5- A Armada Espanhola não foi derrotada graças aos ingleses e sim, graças a uma infinidade de fatalidades, entre elas, o clima.
Uma medalha inglesa cunhada na época para homenagear à vitória, dizia: ''Deus soprou e eles foram dispersos”. Filipe II não culpou os espanhóis pela derrota, ele mesmo disse: ”Eu te mandei para a guerra contra homens e não contra ventos e ondas”.

6- Maria I era tão sanguinária quanto Elizabeth I ou qualquer monarca de seu período. Em seu reinado, Henrique VIII executou cerca de 70 mil pessoas, e Maria, cerca de 200 pessoas (número bem próximo ao de Elizabeth I).

7- Henrique VIII só foi considerado obeso e pouco atraente, no final de sua vida. Antes disso, ele tinha a fama de ser um dos mais belos príncipes da Europa. Com quase 1.90 de altura, bela voz, porte atlético, cabelos ruivos, pele clara e olhos azuis, ele destacava-se por onde passava.

8 - Henrique VII não era um monarca avarento. Ele era um monarca do pós-guerra, portanto, enfrentando contenção de gastos e choque nos cofres reais. Registros das contas reais de seu reinado, mostram que ele era um monarca que preocupava-se com seus súditos e família. Sua esposa inclusive, fazia altas doações em dinheiro, para vários conventos e plebeus.

9- Henrique VIII não rompeu com Roma apenas para desposar Ana Bolena, existiam inúmeros conflitos entre a Inglaterra e a igreja, desde meados do século XIV.

10- Henrique VIII nunca falou que Ana de Cleves não era parecida com seu retrato, ou que ela era feia. Escritores e pesquisadores posteriores sugeriram isso. Ela foi considerada uma mulher bonita, que faria sucesso na indústria do casamento. Henrique VIII nunca criticou Holbein quanto a veracidade de seu retrato e sim, seus embaixadores, por realizarem um casamento que ele não desejava.

11- Eduardo VI e Maria I, não foram adoentados. Em um modo geral, foram muito saudáveis, até serem acometidos por males no fim de suas vidas; todos estavam sujeitos a isso.

12 - Elizabeth I tinha registros médicos muito mais extensos que os de seus irmãos, sofrendo frequentemente de gastrites, inchaços corporais, falta de fome e sono, crises de ansiedade, alterações de humor e etc.

13- Antes de ficar conhecido por ser um católico fervoroso (boato espalhado especialmente por protestantes), Thomas More foi um dos maiores pensadores de seu período e grande amigo de Erasmo de Rotterdam.

14- A propaganda da Era de Ouro Tudor, não surgiu no reinado de Elizabeth I, e sim no de Henrique VII, para comemorar o fim da guerra dos primos, também conhecida como Guerra das Rosas. Elizabeth apenas apropriou-se de tal propaganda, como sempre fazia. 

15 - O casamento de Henrique com Jane Seymour, foi um sintoma e produto da queda de Ana, e não sua causa.

16 - Henrique VIII era reformador político e não ideológico. Ele morreu do mesmo modo que viveu: sendo um católico.

17 - Eduardo VI era considerado muito inteligente e um político nato, muito diferente do garoto doente e incapaz de reinar, que pintam por aí. 

18 - Ricardo III não fora um monarca tirano e cruel como muitos amam falar. Contas do período mostram que ele preocupava-se com sua esposa e família. Não há registros que ele tenha se envolvido com sua sobrinha, Elizabeth de York, ou provas concretas de que ele tenha matado seus sobrinhos. Existem apenas conjectura, uma vez que não sabe-se quem foi/foram o(s) verdadeiro(s) assassino(s)

19 - A ÚNICA esposa de Henrique VIII com comprovados ideais protestantes, foi Catarina Parr. Ao morrer, segundo sua vontade, seu funeral foi realizado de acordo com os ritos protestantes. Este seria o primeiro funeral protestante realizado em solo Inglês.

20 - Ana de Cleves não era ''Égua de Flanders'', apelido popularizado no Brasil como ''cara de cavalo''. Tal apelido é apócrifo. O termo “Flanders Mare”, ou égua de Flanders, foi um apelido criado por um cronista em meados do século XVII; o próprio Henrique VIII, nunca referiu-se à Ana de tal modo. O responsável por tal infame apelido, o Bispo Gilbert Burnet, (nascido em 1643) nunca conheceu Ana em vida, tampouco Henrique VIII.